Inclusão: Sesc Viamão leva esportes paralímpicos para escolas municipais

Em alusão ao Dia Nacional da Luta das Pessoas com Deficiência, celebrado em 21 de setembro, o Sesc Viamão promoveu uma aula diferente no projeto de Iniciação Esportiva. Conduzida pelo educador físico Allisson Raupp (EMEF Alberto Santos Dumont) e pela educadora física Francielle Teixeira Berto (EMEF Ricardo Faicker Nunes), a atividade levou uma reflexão sobre acessibilidade, inclusão e prática esportiva para todas as pessoas. Para abordar a temática, os professores propuseram aos alunos o basquete paralímpico, em cadeiras de rodas profissionais usadas na modalidade, essas cadeiras são conquistadas por meio da campanha das tampinhas de garrafa, da qual o Sesc também colabora.

As próximas atividades com os alunos nas modalidades de basquete em cadeiras de rodas e vôlei sentado serão nos dias 05 e 08 de outubro. O basquete em cadeiras de rodas vai ser na Escola Municipal de Ensino Fundamental Alberto Santos Dumont, no dia 05/10. Já o vôlei sentado será na Escola Municipal de Ensino Fundamental Ricardo Faicker Nunes, no dia 08/10. Mais informações estão disponíveis no site www.sesc-rs.com.br/esporte/iniciacaoesportiva. 

A Iniciação Esportiva é um projeto do Sesc/RS, que visa a prática regular de atividades físicas, com o intuito de contribuir com a formação psicomotora das crianças, estímulos à interatividade e consciência corporal. Em Viamão, é realizado na rede municipal de ensino a partir de uma parceria com a Prefeitura. Atualmente, as aulas estão sendo oferecidas para os alunos do 3º ao 7º ano, com idades entre oito e 15 anos, nas escolas de Ensino Fundamental Paulo Freire, Alberto Santos Dumont e Ricardo Faicker. No total, são mais de 500 crianças e adolescentes que participam das atividades de forma gratuita. 

BASQUETE EM CADEIRAS DE RODAS

Da Escola Municipal de Ensino Fundamental Alberto Santos Dumont participaram 48 alunos. A atividade ressaltou a temática da inclusão, possibilitando aos alunos uma vivência rica em empatia, colocando-se no lugar de pessoas cadeirantes. Inicialmente as crianças tiveram receio de utilizar a cadeira, porém, ao decorrer da atividade os alunos foram experimentando e gostando da atividade. Com certeza a atividade impactou positivamente os educandos. Pois relataram que foi muito difícil se locomover com a cadeira devido ao piso irregular. Assim, puderam compreender a necessidade de lutar pela inclusão e pela acessibilidade de pessoas com deficiência, conta Raupp. As crianças se divertiram e também puderam levar o assunto para as suas famílias. “Meus filhos amaram, só falavam nisso. Meu pai era cadeirante e o sentimento que tive foi de gratidão por essa atividade de ensino sobre inclusão e empatia”, destacou Monique Puggina, mãe de Davi Vieira Puggina, estudante da escola. 

VÔLEI SENTADO

Já na Escola Municipal de Ensino Fundamental Ricardo Faicker Nunes a ação envolveu 95 alunos. “Proporcionar aos alunos essa oportunidade é de grande honra, pois todos os alunos puderam refletir de forma mais profunda sobre as dificuldades enfrentadas por pessoas portadoras de alguma deficiência, porém, refletiram que essas pessoas têm suas potencialidades, pois se tornam atletas. Ressaltei a diferença no quadro de medalhas entre Olimpíada e Paralimpíada, assim tratamos do assunto visto por dois ângulos. Os alunos sentiram a dificuldade em conduzir a cadeira, permanecer com a bola, demoravam mais para arremessar e falaram sobre o assunto com propriedade, trazendo também relatos de familiares portadores de deficiência. Essa é uma atividade que foi para além dos muros da escola, chegou às casas e foi de suma importância no âmbito da cidadania”, conta Francielle Teixeira Berto.