. .

Com debates, oficinas e espetáculos, Sesc Canoas recebe as atrações do Palco Giratório de 09 a 25 de novembro

Inscrições gratuitas e reservas de ingressos para as atividades virtuais e presenciais podem ser feitas on-line
Foto: Max Leidemer

Em novembro, Canoas entra na rota de um dos maiores festivais de artes cênicas do país: o Palco Giratório Sesc. Grupos gaúchos e de outros Estados se reunirão em atividades virtuais formativas, como os “Intercâmbios e Conexões” e o “Pensamento Giratório”, que terão transmissão pelo Zoom e também são abertos para o público em geral. Pela mesma plataforma, será ministrada, no dia 16 de novembro, às 20h, a oficina “Dois pra lá, dois pra cá”, do Coletivo Casa 4 (BA). Todas as ações formativas são gratuitas, terão acessibilidade em Libras e estão com inscrições abertas no site da Sympla (veja os links abaixo).

Para retomar o contato com o público, serão apresentados dois espetáculos no Teatro do Sesc Canoas (Av. Guilherme Schell, 5340), com vagas reduzidas, para manter os protocolos em relação à Covid-19. Em 9 de novembro, “Preta Mina – O fim do silêncio, o eco do incômodo” acontece a partir das 20h. Já no dia 23, também às 20h, os grupos Mojubá Dança Afro e Angola Brasil encenam “O menino chorou”. Os ingressos são gratuitos e devem ser reservados com antecedência pelo Sympla. Para quem prefere acompanhar pela internet, também haverá transmissão no Facebook do Sesc Canoas (www.facebook.com/sesccanoas). 

 

Palco Giratório 2021 em Canoas

 

09/11 (Terça-feira)

Espetáculo “Preta Mina – O fim do silêncio, o eco do incômodo” (Preta Mina e Convidados/RS)

São nove caminhos. Nove ramificações da mesma raiz. Nove paradas pelas histórias que carrego. São nove vezes que eu reflito. Nove falas. Nove portas. Nove. Enquanto descubro os desdobramentos de ser mulher, preta e brasileira, descubro também a minha voz, o meu corpo e as vivências minhas e daquelas que vieram antes de mim. O espetáculo “Preta Mina, o fim do silêncio, o eco do incômodo” traz para a cena a busca da artista pela descoberta da sua voz e da sua história. História que, ao mesmo tempo pessoal, é vista em tantas outras mulheres brasileiras. Histórias contadas oralmente, histórias apagadas e que são reveladas insistentemente pelas mãos curiosas daquelas que não mais serão silenciadas. Não identificação, Procura, Raízes, Morte, Corpo Casulo, Plantar, Colher, Florescer, Ecoar! A peça, criada através dos poemas da artista Preta Mina, aborda de uma forma performática e poética as percepções da artista sobre o mundo, suas relações em comunidade, sua arte e sua ancestralidade. Guiada pelo número nove, com regência de Oyá, sua mãe, dona do movimento e dos ventos, Preta Mina exalta os caminhos da vida e as mudanças da consciência, a evolução da ideia e a constante procura pelo crescimento pessoal.

Horário: 20h

Duração: 40 minutos

Classificação Indicativa: Livre

Local: Teatro do Sesc Canoas (Av. Guilherme Schell, 5340) e Facebook do Sesc Canoas (www.facebook.com/sesccanoas)

Ingressos: https://www.sympla.com.br/espetaculo-preta-mina—o-fim-do-silencio-o-eco-do-incomodo—palco-giratorio-2021__1379874

Ficha técnica

Elenco: Preta Mina e Paula Solaris

Dramaturgia e direção: Preta Mina

Orientação Cênica: Álvaro RosaCosta

Trilha Sonora: Álvaro RosaCosta e Preta Mina

Iluminação e videografia: Ricardo Vívian

Cenografia: Flávio Moreira

Caracterização: Guilhermo Capelli

Ilustrações: Kaindé Arvoredo

Design Gráfico e Redes Sociais: Max Leidemer

Produção: Max Leidemer

Apoio: Grupo Criativo Manifestantes

 

10/11 (Quarta-feira)

Intercâmbios e Conexões – Grace Passô/MG e Preta Mina/RS)

Nessa atividade, as artistas e profissionais envolvidos estabelecerão um diálogo sobre a busca de um protagonismo feminino e negro dentro do campo das artes cênicas, permeadas pelas diferenças das regiões do país onde cada uma atua. Além disso, terão a oportunidade de compartilhar com os públicos presentes essas experiências transversais de produções artísticas em dança, teatro, música e audiovisual. Atividade com tradução simultânea em Libras.

Horário: 20h

Duração: 2h

Plataforma: Zoom

Inscrições: https://www.sympla.com.br/intercambios-e-conexoes—grace-passo-mg-e-preta-mina-rs—palco-giratorio-2021__1379838

Preta Mina é bailarina, poetisa e cantora. Iniciou seus estudos de dança na Escola Duque de Caxias e Laboratório da Dança como bailarina-pesquisadora de dança contemporânea e danças urbanas. Participou dos espetáculos “Anatome” (2015), “Whatsapp para Shakespeare” (2016), “Buraco, discurso do invisível” (2016) e “Broadway em 4 tempos”, todos pelo Canoas Coletivo de Dança, com direção de Carlota Albuquerque. Em 2018, integrou o Le Cousa Contemporânea, dirigido por Eduardo Menezes e o n Amostra, dirigido por Letícia Paranhos.Integrou o elenco do espetáculo “Vaga” do Geda Cia de Dança Contemporânea, sob direção de Maria Waleska van Helden. Em 2021 lançou seu primeiro E.P. intitulado “Preta Mina Vol.1 -Espetáculo Invisível”. Participou da série documental “8 Luas”, dirigida por Kanuã Nharu, e do espetáculo “Cara[Cará] – A Revolução” do Grupo Criativo Manifestantes.

Grace Passô é diretora, dramaturga e atriz que trabalha em parceria com artistas e companhias teatrais brasileiras. Dentre seus últimos trabalhos, dirigiu “Contrações” (Grupo3 de Teatro, SP), “Carne Moída” (com formandos da EAD/USP), “Os Bem Intencionados” (Grupo LUME, SP) e “Sarabanda” (a partir do último longa de Bergman). Atua nas peças “Krum” e “Preto” (ambas com a Companhia Brasileira de Teatro, PR). Fundou o Espanca!, grupo mineiro no qual permaneceu por dez anos assinando a dramaturgia de espetáculos como “Marcha para Zenturo”, “Amores Surdos”, “Por Elise” e “Congresso Internacional do Medo”; sendo diretora dos dois últimos trabalhos.

 

16/11 (Terça-feira)

CANOAS

Oficina Dois pra lá, dois pra cá (Coletivo Casa 4/BA)

Esta oficina visa o compartilhamento das pesquisas desenvolvidas pelo Casa 4, coletivo de Salvador/BA, formado por artistas que pesquisam sobre danças de salão e tensionam as estruturas tradicionais sobre gênero. Muito além do dois pra lá, dois pra cá, o coletivo desenvolve pesquisas corporais de caráter investigativo que priorizam o respeito às individualidades corporais de cada indivíduo, visando assim aumentar as possibilidades de dançar a dois. Atividade com tradução simultânea em Libras.

Horário: 20h

Duração: 2h

Plataforma: Zoom

Inscrições: https://www.sympla.com.br/oficina-dois-pra-la-dois-pra-ca-com-casa-4-ba—palco-giratorio-2021__1368505 

 

18/11 (Quinta-feira)

CANOAS

Pensamento Giratório – Casa 4/BA e Khaos Cênica/RS

Os coletivos artísticos se encontram para dialogar sobre suas dramaturgias e processos de criação artística, tendo como pontos comuns suas pesquisas e experimentações nos campos da dança, gênero, perspectivas do engajamento social e político através da arte. Além disso, terão a oportunidade de compartilhar com os públicos presentes essas experiências de produções artísticas em dança e teatro, a partir de diferentes regiões do país. Atividade com tradução simultânea em Libras.

Horário: 20h

Duração: 1h

Plataforma: Zoom

Inscrições: https://www.sympla.com.br/pensamento-giratorio—casa-4-ba-e-khaos-cenica-rs—palco-giratorio-2021__1379652

Casa 4 é um coletivo que surge das inquietações de um grupo de amigos gays, dançarinos e com experiência nas danças de salão. Para além de um jeito tradicional de dançar a dois, o Casa 4 busca compreender a dança de salão nos corpos de seus intérpretes-criadores: corpos viados, afeminados, fechativos, brutos e mais um bocado de coisa. Este coletivo é composto por Alisson George, Guilherme Fraga, Jônatas Raine, Leandro de Oliveira, Marcelo Galvão e Ruan Wills.

A Companhia KHAOS Cênica surgiu em 2010, a partir da perspectiva das artes cênicas como um sistema complexo e dinâmico no qual o resultado final pode sofrer influência da mais simples ação ou interação dos elementos que o constituem. É a teoria do caos ressignificada no trabalho artístico. A companhia configurou sua poética de trabalho de forma transdisciplinar, atuando no teatro, dança, circo, teatro de formas animadas, audiovisual e música. Agregando em suas as criações diferentes suportes artísticos, a companhia encontrou a cosmogonia de sua voz, caótica e pulsante.

 

23/11 (Terça-feira)

CANOAS

Espetáculo “O menino chorou” (Mojubá Dança Afro/RS e AngolaBrasil/RS)

O espetáculo aborda a diáspora africana. Com elementos da Capoeira Angola e da Dança Afro, conta-se a história de mães escravizadas que tiveram seus filhos retirados de si ao mesmo tempo em que essas mulheres precisavam amamentar o filho dos senhores de escravos. Entretanto, o grande desfecho do espetáculo se dá quando do nascimento de um Negro, um guerreiro que luta por seu povo e sua liberdade.

Horário: 20h

Duração: 40 min

Classificação indicativa: Livre

Local: Teatro do Sesc Canoas (Av. Guilherme Schell, 5340) e Facebook do Sesc Canoas (www.facebook.com/sesccanoas)

Ingressos: https://www.sympla.com.br/espetaculo-o-menino-chorou—palco-giratorio-2021__1379872 

Ficha técnica

Concepção/Direção: Val Benitez

Assistência de Direção: Anderson Guerra e Leandro Miranda

Elenco:  Valéria Benitez, Anderson Guerra, Kaira Benitez, Luciano Salazar, Leandro Miranda, Uine Maríndia, Juliane da Rosa e Edson Carpes.

Iluminação: Guto Greca

Figurino: Elia Valeria Benitez

Produção e realização: Mojubá Dança Afro e AngolaBrasil

 

25/11 (Quinta-feira)

CANOAS

Intercâmbios e Conexões – Orun Santana/PE, Mojubá Dança Afro/RS e AngolaBrasil/RS

Nesta atividade acontece o encontro entre os coletivos Orun Santana, Mojubá Dança Afro e AngolaBrasil, a partir de plataformas virtuais, em que propõem-se a reflexão sobre suas poéticas e práticas artístico-culturais da dança e da capoeira, permeadas pelas manifestações afro-brasileiras, ancestralidades e das identidades negras. Além disso, terão a oportunidade de compartilhar com os públicos presentes essas experiências de produções transversais, a partir de diferentes regiões do país. Atividade com tradução simultânea em Libras. 

Horário: 20h

Duração: 2h

Plataforma: Zoom

Ingressos: https://www.sympla.com.br/intercambios-e-conexoes—orun-santana-pe-mojuba-danca-afro-rs-e-angolabrasil-rs__1379727 

Orun Santana é artista, bailarino, capoeirista, professor, pesquisador em dança e cultura afro de Recife (PE), formado pelo Centro de Educação e Cultura Daruê Malungo e por Mestre Meia-Noite e Vilma Carijós. Brincador da cultura popular, faz das vivências com as danças e brinquedos lugar de pesquisa corporal e investigações artísticas para a cena.

AngolaBrasil é um coletivo da cidade de Canoas, composto por pessoas que possuem afinidade com a cultura afro-brasileira. A trajetória teve início em 1977, quando começou a se organizar a primeira turma de capoeira de Canoas. Ao longo de sua trajetória desenvolveu vários projetos e programas e atualmente atua  nas atividades de Formação, que abrange os programas de oficinas, e Compartilhamento, rodas de capoeira e eventos abertos. 

O nome MOJUBÀ origina-se no dialeto africano YORUBÀ que significa: ofereço meu humilde respeito, é uma saudação aos ancestrais e as forças da natureza. O grupo Mojubá Dança Afro dedica-se à proteção e preservação da cultura afro-brasileira, através da dança da cultura popular.