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Sesc Dramaturgias chega a São Leopoldo, Pelotas, Caxias do Sul e Santa Maria em 2021

Aulas são voltadas a estudantes, artistas profissionais e amadores e comunidade em geral com interesse em ações formativas na área
(Foto: Tre Scene) Existente desde 1999, o Sesc Dramaturgias já proporcionou que milhares de pessoas se qualifiquem na área de artes cênicas, por meio do estudo da criação e composição em circo, dança e teatro.

Com o objetivo de fomentar o estudo da dramaturgia enquanto elemento estruturante para pesquisa e a criação em artes cênicas, o Sesc Dramaturgias chega ao seu 23ª ano de existência em 2021. Neste ano, o Rio Grande do Sul receberá cinco oficinas gratuitas em quatro cidades, com 20 horas-aula e voltadas a estudantes, artistas, interessados na investigação de processos de dramaturgias na escrita, encenação, circo, luz, produção e dança a partir de renomados profissionais do país.

Em julho, São Leopoldo receberá o módulo de Dramaturgia da Encenação, com Fernando Yamamoto (RN), e Pelotas recebe a Dramaturgia da Escrita, com Diones Camargo (RS). Em setembro, Pelotas está novamente na programação, desta vez com a Dramaturgia da Luz, ministrada por Guilherme Bonfanti (SP). Já em outubro, Caxias do Sul será contemplada com as atividades da Dramaturgia da Dança, com Renato Cruz (RJ), e Santa Maria terá, em novembro, a oficina Dramaturgia do Circo, com Ricardo Malerbi (SP). Detalhes sobre inscrições podem ser obtidos diretamente nas Unidades realizadoras do projeto. Mais informações podem ser obtidas no site www.sesc-rs.com.br/cultura/sescdramaturgias/.  

Existente desde 1999, o Sesc Dramaturgias já proporcionou que milhares de pessoas se qualifiquem na área de artes cênicas, por meio do estudo da criação e composição em circo, dança e teatro – além de aquecer a economia, promovendo a geração de renda e sustentabilidade para a cultura. Desde então, vem se consolidando como uma ação formativa continuada, com foco na experimentação e pesquisa, promovendo oficinas experimentais que possibilitam intercâmbio artístico entre coletivos cênicos, estudantes e profissionais altamente qualificados.

O projeto vem apresentando resultados significativos, como o surgimento de novos grupos, coletivos e espetáculos, a parceria entre artistas por meio do intercâmbio gerado pelas oficinas, o desenvolvimento de pesquisas específicas nos programas de pós-graduação das universidades e a profissionalização de jovens artistas. As ações também geram a aproximação de novos públicos interessados no contato com as artes cênicas, o que contribui para a qualidade de vida e reflexão sobre o seu estar no mundo.

 

Sesc Dramaturgias 2021 – Etapas no RS

 

JULHO

 

SÃO LEOPOLDO

Dramaturgia da Encenação, com Fernando Yamamoto (RN)

Fernando Yamamoto é diretor, professor e pesquisador de teatro. É um dos fundadores do Grupo de Teatro Clowns de Shakespeare, pelo qual dirigiu vários espetáculos, dentre eles, “Nuestra Señora de las Nubes”, “Farsa da Boa Preguiça”, “O Capitão e a Sereia”, “Muito Barulho por Quase Nada”, “Roda Chico”, “Fábulas” e “O Casamento do Pequeno Burguês”, alguns deles assinando também a dramaturgia, adaptação e/ou tradução. Dirigiu diversos espetáculos fora dos Clowns, como “A Mulher Revoltada”, texto inaugural de Xico Sá, montado pelo projeto Nova Dramaturgia Brasileira (CCBB/DF e SESC/RJ), “Cavaleiros da Triste Figura”, com o Grupo Boca de Cena (Aracaju/SE) e “Y el resto es fútbol”, com o grupo El Galpón, do Uruguai (em processo). Também prestou diversas consultorias de encenação e dramaturgia pelo país, como “Credores” (Grupo Boyásha/ES), “Quebra-Quilos” (Coletivo Alfenim/PB), “Gibi” (Lamira Cia. Cênica/TO), “Medida por Medida” (Teatro Popular de Ilhéus/BA), “Todo Avental” (Bololô Cia. Cênica/RN), “Mar me Quer” (A Outra Cia. de Teatro/BA), dentre outros. Desenvolveu a pesquisa “Cartografia do Teatro de Grupo do Nordeste”, na qual mapeou os coletivos da região, através da Bolsa Estímulo à produção Críticas em Artes – FUNARTE (único contemplado da região Nordeste) e do Programa BNB de Cultura, resultando na publicação de três livros com as entrevistas.

 

PELOTAS

Dramaturgia da Escrita, com Diones Camargo (RS)

Dramaturgo e roteirista, é autor de cerca de 20 peças, entre elas “Andy/Edie” (Prêmio Funarte de Dramaturgia 2005), “Último Andar” (Bolsa Funarte de Estímulo à Dramaturgia 2007), “Teresa e o Aquário” (VIII Prêmio PalcoHabitasul – Melhor Roteiro), “9 Mentiras Sobre a Verdade, Hotel Fuck”, “Os Plagiários” (Prêmio Açorianos de Teatro 2012 – Melhor Dramaturgia), “F.R.A.M.E.S.”, “Fassbinder – o Pior Tirano é o Amor”, “Parque de Diversões” (Prêmio Açorianos de Teatro 2016 – Melhor Dramaturgia) e “A Mulher Arrastada” (Prêmio Braskem de Melhor Espetáculo 2018); dramaturgista dos espetáculos O MAPA_, Peru, NY e Buarqueanas. Seus textos já foram encenados por algumas das mais importantes companhias de teatro do RS e quatro deles também publicados e encenados no exterior (em Portugal, Cuba, Uruguai, Espanha e Singapura). Licenciado em Teatro pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, encerrou o curso com a monografia Dramaturgias Possíveis – Interferências Criativas no Texto Dramático, na qual analisa o processo de criação de cinco de suas principais peças e expõe como se dá a transposição desses processos nas suas aulas.

Com esse trabalho de conclusão de curso o autor obteve a nota máxima da instituição. Em 2007, participou de um programa para estudantes estrangeiros do Centro de Educação e Cultura da escola Larkkülla, na Finlândia. Em 2012, sua peça “Teresa e o Aquário” foi publicada em Portugal, no livro O Inventar de Uma Dramaturgia contendo textos de 9 autores portugueses e 3 brasileiros, e encenada durante a 4ª MAD – Mostra Anual de Dramaturgia; em 2013, seu texto “Último Andar” foi traduzido para o espanhol e lançado em Havana, Cuba, durante a 2ª Semana de Lecturas Dramatizadas de Teatro Brasileño Actual, e após publicado na coletânea Teatro Brasileño Contemporáneo, que reuniu peças de 12 dramaturgos brasileiros. Em 2016, “9 Mentiras Sobre a Verdade” fez temporadas em Barcelona e Valência, na Espanha, depois de ter cumprido temporadas em Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro e Montevidéu, no Uruguai. Paralelamente às atividades de escrita, o autor ministra regularmente a oficina Dramaturgia Líquida – Assimilação de Influências no Texto Teatral e participa de projetos ligados à pesquisa em dramaturgia e sua relação com as multilinguagens, tais como o coletivo S E I S dramaturgos (formado por escritores de seis capitais brasileiras) e o programa de rádio OverDrama, que foi ao ar entre 2012 e 2014. Atualmente coordena o Grupo de Estudos em Dramaturgia de Porto Alegre (RS), coletivo pioneiro na cidade que conta com 15 autores em atividade na cena local, no qual pesquisam a relação da escrita autoral e os pontos de intersecção entre esta e diferentes linguagens tais como o Teatro, o Cinema, a Performance e as Artes Visuais. No cinema, é corroteirista do curta “O Último Dia Antes de Zanzibar”, de Filipe Matzembacher e Márcio Reolon, e roteirista do longa-metragem “A Colmeia” (Prêmio RS Polo Audiovisual – FAC 2014), baseado em sua peça homônima e com estreia prevista para 2019, com direção de Gilson Vargas. Atuou como ator no longa-metragem “Nós Duas Descendo as Escadas” (2016), de Fabiano de Souza. Além das obras citadas, escreveu também as peças “O Tempo Sem Ponteiros” (lançada na V FestiPoa Literária, em maio de 2012), “A Colmeia” (lançada na VI FestiPoa Literária, em maio de 2013), “F.R.A.M.E.S.” (lançada na abertura do 3º Janela de Dramaturgia, em Belo Horizonte, em abril de 2014) e “Uru’kum” (lançada no ITI – Intercultural Theatre Institute, em Singapura, em abril de 2016). Sua peça mais recente, “A Mulher Arrastada”, com direção de Adriane Mottola (Cia. Stravaganza) estreou em maio no Festival Palco Giratório 2018, em Porto Alegre / RS e segue em cartaz, tendo recebido recentemente os Prêmios Braskem 2018 de Melhor Espetáculo e Melhor Atriz (Celina Alcântara) e participado da mostra Crítica Em Movimento: Presente, no Itaú Cultural em SP.

 

SETEMBRO

 

PELOTAS

Dramaturgia da Luz, com Guilherme Bonfanti (SP)

Iniciou carreira em 1987 no Espaço OFF, de Celso Curi. Fundador (1992), junto com Antonio Araujo do Teatro da Vertigem, onde é responsável pela Direção Técnica e por todos os projetos de iluminação dos espetáculos. Fundador (2009), junto com outros profissionais, da SP Escola de Teatro, onde criou e coordena o primeiro curso de iluminação cênica do país. Trabalhou com diretores como: Gabriel Vilela, Eduardo Tolentino, Miguel Falabella, Marcio Aurelio, José Sanches Sinisterra entre outros. Colaborou com diversos arquitetos, como Paulo Mendes da Rocha, Isay Weinfeld, Marcelo Ferraz, Chico Fanucci, Marta Bogéa entre outros. Tem vasta experiência internacional com participação em diversos festivais. Participou de 08 Bienais e diversas exposições, bem como shows com Titãs, Criolo, Marina Silva, Zeca Baleiro entre outros. Tem trabalhos na área de Dança, Ópera, Eventos corporativos etc.

 

OUTUBRO

 

CAXIAS DO SUL

Dramaturgia da Dança, com Renato Cruz (RJ)

Mestre em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro- UNIRIO, é graduado em Licenciatura Plena em Dança pela UniverCidade e tem especialização em Artes Cênicas pela UNESA. Diretor e coreógrafo da Companhia Híbrida de Danças Urbanas, com 9 peças criadas e grande histórico de patrocínios e prêmios nas instâncias: municipal, estadual e federal; se apresentou por todo o Brasil e em mais 7 países, além de figurar com suas obras na lista de melhores espetáculos de dança do Jornal o Globo desde 2014. Coreógrafo convidado pelo Festival Panorama para criação de obra inédita em 2014. Co-diretor (junto com Ugo Alexandre) do espetáculo Roots, que reuniu Thiago Soares (Royal Ballet- Londres) e Danilo D’Alma (referência em Danças Urbanas no Brasil). É professor de Danças Urbanas da Escola Petite Danse, Escola Livre de Dança da Maré e Escola Parque. Diretor artístico da Arena Híbrida Festival de Hip Hop com 13 edições e do Projeto Sócio-Cultural Arte É o Melhor Remédio.

 

NOVEMBRO

 

SANTA MARIA

Dramaturgia do Circo, com Ricardo Malerbi (SP)

Formação como mágico pela Academia Brasileira de Artes Mágicas em 2000 e graduação com habilitação em performance em 2006 na PUC-SP em Comunicação e Artes do Corpo dão início a uma trajetória de pesquisa ininterrupta que se torna, mais tarde, seu principal foco de trabalho: o hibridismo entre a arte mágica e as demais modalidades cênicas. Hoje é considerado um dos mais experientes artistas brasileiros nas artes mágicas. Em 18 anos de carreira, entre espetáculos e intervenções, Malerbi já criou e circulou com 30 obras, sendo visto por mais de 500.000 espectadores ao vivo em mais de 500 cidades no Brasil e no mundo, tendo circulado por países como Marrocos, Jordania, Israel, Egito, Espanha e França. Ricardo é convidado frequentemente a participar de programas de televisão, de internet, entrevistas, tais como com Jô Soares, Ana Maria Braga e o piloto de um Reality Show sobre mágicas de proximidade, O Mochileiro Mágico. Dando continuidade à sua pesquisa artística, funda os grupos Oculto do Aparente (2007) com Célio Amino e Fundo Falso (2009) com outros mágicos com quem realiza parcerias até os dias de hoje. Destacam-se os espetáculos Enquanto Houver Encanto, Uma Série de Surpresas, Impossível – Alerta contém mágica (com Vik e Fabrini e Ricardo Harada), O Grande Mágico Mistério (com direção de Pedro Granato), Você Não Está Aqui (direção Pedro granato), Circo Salabin, Mistério Broke Moon (direção Rudifran Pompeu), Jogo dos Magos, Intimisterium, Praticonfundir com Celio Amino, Alvaro Lages e Rhena de Faria, O mágico de Ôvonók com Claudio Grassi, Experiências Mágicas, e o mais recente Num Passe de Música com Flavio Tris. Dentre os locais que as obras circularam, destacam-se os Teatros Alfa, Tuca, Folha, Caixa Cultural Salvador, Caixa Cultural Recife, Centro Cultural Banco do Brasil, além de diversas temporadas e apresentações nas várias unidades do SESC, programas de circulação do Sescoop e Teatros Municipais de mais de 300 cidades. Sobre seus estudos, durante esses 18 anos, Malerbi investiu no estudo de artes e de técnicas corporais. Entre eles, destacam-se os nomes nas artes mágicas: Enio Finocchi, Ozcar Zancopé, Jeff McBride (Magic And Mystery School, Las Vegas), Jiri Srnec (Lanterna Magika, Praga); na dança, Diogo Granato, Gisele Calazans e Tal Avni (Israel); no Sei-Tai-Ho, Toshyuki Tanaka; no kempô indiano, Sangha SP; no malabarismo, Ric Celidoneo; na mímica, Solar da Mímica; no improviso, Marcio Ballas e Rhena Faria; no Kung Fu, na Peng Lai; na palhaçaria, Avner Eisenberg (Princípios Excêntricos – Maine, EUA) e La Minima; e no Ai Ki Do, Sendo Dojo. Participou de congressos e festivais, como o congresso internacional Bazar de Magia Buenos Aires 2001, Congresso Mágico de Oz em 2015, Festival Paulista de Circo, Festival Infantil de Salto e Festival Literário de Itu.