Aldeia Sesc deve integrar o Calendário Oficial de Caxias
Projeto da vereadora Gladis Frizzo/MDB discorre a respeito e foi aprovado na plenária desta quinta-feira (26/10)O Festival Aldeia Sesc deverá ingressar no Calendário Oficial de Eventos do Município de Caxias do Sul, pois o projeto de lei (PL) nº 107/2023, que aborda o assunto, contou com a aprovação unânime do plenário, nesta quinta-feira (26/10). A matéria é de autoria da vereadora Gladis Frizzo/MDB e seguirá para sanção do Executivo. Se for aprovado e sancionado, o PL estabelece que a Aldeia Sesc vai ocorrer, anualmente, durante a primeira quinzena de novembro.
Durante a apreciação desta quinta, a vereadora Gladis Frizzo informou que, neste ano, o festival abordará a brasilidade, com ênfase à diversidade. Diante da presença da diretora do Sesc Caxias, Luciana Stello, e da analista de cultura e relações públicas da unidade, Vanessa Falcão, Gladis reafirmou a relevância do festival para a vida cultural caxiense. Na declaração de voto, os vereadores Rafael Bueno/PDT, Rose Frigeri/PT, Lucas Caregnato/PT destacaram que a Aldeia Sesc se tornou um evento conhecido da cidade e movimenta emoções, pessoas e a economia local. Também frisaram a necessidade de ver a cultura como investimento na cidade e nas pessoas.
O texto explica o percurso do evento, ressaltando que é um festival cultural realizado em 40 cidades brasileiras e tem a promoção do Sistema Fecomércio – Serviço Social do Comércio (Sesc/RS). No Rio Grande do Sul, três cidades recebem o projeto, além de Caxias do Sul. Neste ano de 2023, o evento estará na 10ª edição.
Com uma extensa programação totalmente gratuita, a Aldeia Sesc é uma das maiores iniciativas no segmento artístico do país, reunindo, conectando e promovendo o encontro das mais diversas linguagens artísticas: artes cênicas, música, literatura e artes visuais. Seu principal objetivo é unir elos – a formação, o intercâmbio, a distribuição, o acesso e a fruição – da cadeia produtiva da cultura, entre os artistas locais, estaduais e nacionais.
Em Caxias do Sul, o evento ocorre desde 2013, mas, de acordo com Gladis, foi a partir de 2016 que ganhou projeção e passou a ser produzido e pensado tendo o conceito de temáticas, desenvolvidas e articuladas com artistas e produtores da cidade, abordando assuntos que permitem o maior aprofundamento, a vivência, o resgate de memórias, a ressignificação e a experimentação.
“O festival se dispõe a movimentar a cidade, por meio de uma programação descentralizada e proporcionando o acesso a todas as pessoas, idades, linguagens culturais, ofertando oficinas, palestras, intercâmbios, shows, espetáculos, exposições e visitas guiadas a locais inusitados e diversos, que ganham um novo olhar como instrumentos culturais”, explica a vereadora.
No PL, a parlamentar informa que, em 2016, houve homenagem a um gênero genuinamente brasileiro, com o tema “Os 100 anos do Samba”. No ano seguinte, em 2017, a abordagem foi “Estação MPB”, dialogando com a Tropicália e outros movimentos da década de 1960 e 1970. Já, em 2018, a proposta foi descentralizar a programação com o tema “Saravá” e a cultura afro-brasileira. O universo das mulheres foi tratado em 2019 com o slogan “Celebração do Feminino: Terra, Mãe, Mulher”. Em razão da pandemia do coronavírus, houve uma pausa em 2020. O evento foi retomado em 2021, com uma edição híbrida com a perspectiva de “Conexões de um Novo Tempo”. A última edição, em 2022, apresentou novas formas de ver, refletir e interagir com o mundo, com a proposta “(RE)Existências”.
Em nove edições, a vereadora conta que a iniciativa oportunizou que os artistas locais apresentassem o seu trabalho. Alguns até lançaram projetos em edições da Aldeia, e outras criaram parcerias provocadas pela curadoria do festival. Tudo isso sem falar no acesso da população caxiense e regional a shows nacionais como Tom Zé, Demônios da Garoa, Moraes Moreira, Serginho Moah, Cidade Negra e Sandra Sá. Nessa lista, incluem-se também projetos nacionais do Sesc, como o Palco Giratório.
Conforme a emedebista, desde 2019, a Aldeia Sesc escolhe alguns personagens para serem guardiões. Eles são escolhidos pela contribuição à cultura e à sociedade, pelas lutas cotidianas, pela trajetória e propósito de vida, mas especialmente pela impressão digital junto à comunidade. Fazem parte da lista de guardiões: Analice Carrer; Angela Martins; Beverli Rocha; Cecília Pozza; Chiquinho Divilas; Cleodes Maria Piazza; Julio Ribeiro; Cleo Araújo; Irmã Maria do Carmo; Jorge Valmini; Isoldi Chies; José Clemente Pozenato; Leoberto Brancher; Loraine Slomp Giron; Luiz Carlos da Silva (Micaio); Maristela Tomasi Chiapin; Nivaldo Pereira; Rejane Rech; Tiago Fiamenghi; Vânia Schneider; Vera Mari Damian; Vinicius Lain; Volnei Canônica; e Zica Stockmans.
Crédito: Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal de Caxias do Sul