4º Festival Kino Beat apresenta atrações nacionais e internacionais inéditas em Porto Alegre
Evento de música exploratória, performances audiovisuais multimídia eartes integradas acontece no Sesc Centro, em novembroO Festival Kino Beat chega à sua 4ª edição, em novembro, e a programação contempla atrações nacionais e internacionais inéditas em Porto Alegre. A partir dos pilares, imagem (Kino) e som (Beat), o evento apresenta artistas e atividades multidisciplinares, que utilizam de diversos modos as tecnologias no processo criativo de suas obras. O festival de música exploratória, performances audiovisuais multimídia e artes integradas, iniciará no dia 8 de novembro e depois seguirá entre os dias 16 e 19 do mesmo mês, no Sesc Centro (Av. Alberto Bins, 665), com entrada franca. O evento integra a agenda Arte Sesc – Cultura por toda parte e é uma realização conjunta do Sistema Fecomércio-RS/ Sesc e Kino Beat.
A programação da 4˚ edição conta com oito espetáculos, duas sessões de cinema, um workshop e uma instalação, de artistas oriundos de cinco países. Estruturado em eixos – Brasil Atemporal, Instrumentos Oníricos e Audiovisual Explodido, o evento aproxima artistas e linguagens por afinidades criativas. Esses eixos são transversais e perpassam os limites da programação em cada um dos dias, o que resulta em uma polifonia estética.
Entre os dias 8 e 19 de novembro, a instalação sonora silenciosa “Da Escuta da Matéria aos Escombros do Ser”, de Marcelo Armani, estará na entrada do Sesc Centro. A abertura do Festival, no dia 8, será com Luís Macías & Adriana Vila Guevara (Espanha/ Venezuela) e a performance de cinema ao vivo “Mesmo o Silêncio é Causa de Tempestade”, além da Mostra Phenomia. No dia 16, as atrações serão “Field”, de Martin Messier (Canadá), e “Quiet Motors”, de Pierre Bastien (França). “Barulhista” (Belo Horizonte) e “Hroski” (Bélgica) estão na agenda do dia 17; e “Solaris” (São Paulo), “Aganga”, de Cadu Tenório e Juçara Marçal (RJ/SP), e “Trilogia Cantos de Trabalho”, além do Workshop Objetos Sonoros, com Paulo Santos do grupo Uakti (BH), são as atrações do dia 18. No último dia do Festival, 19/11, o público poderá conferir Maria Rita Stumpf (RS), DJs Selvagem (SP). Confira, logo abaixo, a programação completa.
Sobre o Festival Kino Beat – O Kino Beat é um Festival de música exploratória, performances audiovisuais multimídia e artes integradas. A partir dos pilares, imagem (Kino) e som (Beat), apresenta artistas e atividades multidisciplinares, que utilizam de diversos modos as tecnologias no processo criativo de suas obras. O experimental, o sensorial e a imersão, são premissas para composição do seu programa. O subtítulo “imagem e som em movimento” que dá apoio ao nome do festival, além de indicar a movimentação física, da pressão sonora ou da luz, aponta um movimento de constante evolução do festival.
O Kino Beat reforça com a sua programação o seu compromisso de privilegiar propostas artísticas emergentes, ou já consolidadas, mas com pouca visibilidade na cidade. O Festival tem como missão propor experiências, surpreender e desafiar, ao mesmo tempo tem a necessidade de formar e consolidar um público, ser um agente estimulador para artistas locais e um ponto de conexão com o mundo.
O 4˚ Festival Kino Beat é uma realização do Sistema Fecomércio-RS/ Sesc e Kino Beat, e conta com o apoio da Aliança Francesa, Timac Agro, Embaixada da Espanha, Cine Esquema Novo, Silvo, Sinergy, Bandits e Conseil des arts et des lettres du Québec.
4º Festival Kino Beat – Porto Alegre
Local: Teatro Sesc Centro (Av. Alberto Bins, 665 – 2º andar)
Entrada franca, mediante retirada de senhas 1h antes da apresentação
PROGRAMAÇÃO:
8 de novembro
“Mesmo o Silêncio é Causa de Tempestade” (ESP/VEN)
Horário: 20h
Sinopse: um filme performance do espanhol Luis Macías e da venezuelana Adriana Vila Guevara. Criada a partir de dispositivos de projeção analógica, com slides de 35mm, película de 16mm (manipulada com processamento manual, experimentos fotoquímicos e impressão óptica quadro a quadro). Combina o o som criado por Alfredo Costa Monteiro, de gravações de campo e música eletroacústica, em uma performance de experimentação visual e sonora. Uma experiência perceptiva exorbitante sobre a relação com a natureza: hipnótica, sutil e violenta.
Classificação: livre
Duração: 40min
Mostra Phenomia
PHENOMIA é uma mostra itinerante e mutável, que se expande por lugares e contextos variados. Nesta edição, apresenta oito curtas-metragens e um média-metragem experimentais realizados por autores espanhóis, que exploram o meio cinematográfico através de técnicas e procedimentos não convencionais, gerando relações entre formatos argênticos, analógicos e digitais.
Uma seleção que põem em foco o valor da experimentação, tanto formal como conceitual, desvelando a força de peças que propõe ao espectador um olhar singular, fraturado, evocativo e implicitamente desconstrutivo. Filmes que analisam múltiplos métodos e marcos da composição cinematográfica, transfigurando entre a fragmentação da imagem, sua repetição, o tratamento da matéria fílmica, o uso de diferentes suportes, apropriação, montagem e desmontagem, a intermitência e até a sustentação de contemplação de um frame.
Duração: 60min
16 de novembro
Quiet motors – Pierre Bastien (FRA)
Horário: 20h
Sinopse: Bastien foi chamado de “cientista musical louco que tem celebridades como seguidores” pelo The Guardian. Colaborando no passado com o cineasta Pierrick Sorin, a designer de moda Issey Miyake, o cantor e compositor Robert Wyatt e Aphex Twin (que lançou três de seus álbuns no selo Rephlex) para citar alguns, ele é um dos músicos experimentais mais influentes em atuação. Em 1986, formou sua orquestra de um homem só, Mecanium, e fez mais de 20 discos ao longo dos anos.
Classificação: livre
Duração: 60min
FIELD – Martin Messier (CAN)
Horário: 21h
Sinopse: Martin Messier é um compositor, artista e videomaker de Montreal no Canadá. A força motriz do seu trabalho é o som, mas o interessou pelo choque entre música eletroacústica e outras formas de arte, são parte essencial para suas criações. É através da relação entre som e materiais (objetos ou corpos) que o trabalho de Messier toma forma. Ele dá vida ao som através de objetos variados, como despertadores, canetas e máquinas auto-concebidas. No coração desse encontro entre sons e objetos é a idéia de empurrar o imaginário cotidiano um pouco mais, de ampliar esses objetos, dando-lhes uma voz e reinventando sua função. No centro do diálogo entre o som e o corpo em movimento, há um desejo de reverter a relação hierárquica geralmente ligada entre a música e a coreografia para que o som se torne a força motriz dos movimentos. Em 2010, Messier fundou 14 lieux, uma empresa de produção de som para artes cênicas, para dar uma plataforma a esse tipo de trabalho de som na cena artística.
Classificação: livre
Duração: 30min
17 de novembro
DESFIADO – Barulhista (BRA)
Horário: 20h
Local: Teatro do Sesc Centro
Sinopse: Desfiado é um disco que começa pela capa. A fotografia em preto e branco de um homem maduro e seu rosto coberto pela barba. Pelos escuros e claros que lentamente perdem em um emara nhado sem fim. Uma perfeita representação do som experimental e essencialmente complexo que Barulhista busca desenvolver em cada uma das dez faixas que marcam este novo trabalho. Um álbum que conta uma história sobre o movimento do tempo. Este novo trabalho foi lançando em 2016 e já figura em várias listas da crítica especializada como Srcream and Yell, Genius Brasil, Tenho Mais Discos Que Amigos, Embrulhador, como um dos melhores discos instrumentais de 2016.
Classificação: livre
Duração: 65min
Hroski – Hilke Ross (BEL)
Horário: 21h
Sinopse: o nome de seu artista, Hroski, apareceu pela primeira vez no álbum de remix Amatorski ‘re: tbc’ em 2012, uma faixa atmosférica com muitas camadas de sonhos orgânicoa. O último trabalho de Hroski ainda usa as mesmas técnicas de amostragem e camada, mas com mais foco em batidas e melodias, lembrando artistas como Flying Lotus, Nosaj Thing, XXYYX ou Giraffage. Ouvir o primeiro EP ‘Maquettes” de Hroski parece uma jornada viajando de um lado para o outro entre a pista de dança e momentos mais sonhadores e melancólicos, dando-lhe arrepios
Classificação: livre
Duração: 30min
18 de novembro
Trilogia de Curtas Cantos de Trabalho
Horário: 20h
Sinopse: Obra do cineasta carioca Leon Hirszman, formada por Mutirão, Cacau e Cana-de-açúcar, três documentários de curta-metragem que registram as cantorias dos trabalhadores na zona rural do Nordeste brasileiro, registrado entre 1974 e 1976.
Duração: 30min
Aganga – Juçara Marçal e Cadu Tenório (BRA)
Horário: 20h30
Sinopse: a cantora Juçara Marçal e o músico e experimentador carioca Cadu Tenorio apresentam Anganga, reinterpretações contemporâneas de vissungos recolhidos por Aires da Mata Machado Filho em São João da Chapada, município de Diamantina (MG) —, além de cantos do Congado Mineiro. Anganga é a entidade suprema do povo banto (“Anganga Nzambi”). A palavra consta do canto do congado “Grande Anganga Muquixe”, cujos versos indicam reverência àquele cuja “gunga não bambeia”, o mestre, o mais velho. Trata-se de uma expressão que diz respeito à reverência ao passado.
Classificação: livre
Duração: 40min
SOLARIS – Richard Ribeiro (BRA)
Horário: 21h10
Sinopse: Solaris é Richard Ribeiro, um dos mais criativos bateritas da atualidade. Impulsionado, entre outras referências, por literatura de ficção científica e realismo fantástico, o músico apresenta peças instrumentais exploratórias inéditas. No palco, conta também com vibrafone, arcos, sinos e sampler.
Sob alcunha de Porto, Richard assina o EP “Fora de Hora” (2008) e LP “Odradek” (2013), registros que têm a parceria do guitarrista Regis Damasceno (Cidadão Instigado). Atualmente, o baterista trabalha em estúdio e se apresenta ao vivo junto a nomes como Marcelo Jeneci, Gui Amabis, Arthur Nogueira e Guizado.
Classificação: livre
Duração: 45min
19 de novembro
DJs Selvagens – Millos Kaiser e Augusto (BRA)
Horário: 18h
Local: Café Sesc Centro
Sinopse: Selvagem é o nome do duo baseado em São Paulo formados pelos DJs Millos Kaiser e Trepanado, assim como as festas mensais realizadas em SP e RJ. Considerados hoje os principais pesquisadores e disseminadores da música brasileira atemporal pelo mundo.
Classificação: livre
Duração: 60min
Brasileira – Maria Rita Stumpf (BRA)
Horário: 19h
Local: Teatro do Sesc Centro
Sinopse: Brasileira, é um álbum denso que une a estética eletrônica dos anos 1980 ao batuque de herança africana, às melodias mântricas dos povos indígenas, passando pelo groove do funk e por synths que dançam entre o rock progressivo e uma atmosfera épica quase new age.
Classificação: livre
Duração: 60min