Grupos gaúchos integram o 21º Circuito Nacional Sesc Palco Giratório
Coletivo Errática e Cia Caixa do Elefante irão percorrer o país ao longo de 2018O Circuito Nacional Sesc Palco Giratório chega a sua 21ª edição, consolidando-se como um dos maiores eventos promotores das artes cênicas no País. Este ano, dois grupos gaúchos fazem parte da programação. A Cia Caixa do Elefante, de Porto Alegre, e o Coletivo Errática, de Montenegro, irão percorrer diversos estados brasileiros levando as montagens “Cuco: teatro para bebês” e “Ramal 340: sobre a migração das sardinhas ou porque as pessoas simplesmente vão embora”, respectivamente, e também oficinas. O lançamento nacional do Circuito Sesc Palco Giratório 2018 ocorre no dia 22 de março, em Belo Horizonte. Neste ano, o Circuito prevê 625 apresentações artísticas e mais de 1.600 horas de oficinas. Os espetáculos irão passar por 132 cidades de 26 estados e Distrito Federal, com uma programação diversa, que aborda questões presentes na contemporaneidade.
Cia Caixa de Elefante traz um espetáculo para bebês, que busca trazer à tona as sensações de mundo percebidas pelos pequenos. Por meio do lúdico, uma cama acolchoada e fantasias, a montagem convida à reflexão sobre as necessidades dos pequenos, inclusive em relação à cultura. O trabalho tem roteiro e direção de Mário de Ballentti, e é interpretado pelas atrizes Ana Luiza Bergmann e Bruna Baliari Espinosa. O Coletivo Errática, que participou como convidado do 12º Festival Palco Giratório Sesc/POA, também integra pela primeira vez o Circuito Nacional, apresentando um trabalho de fôlego. Em “Ramal 340”, seis histórias simultâneas dialogam entre si e com o público, sobre relacionamentos, ausências, sofrimentos e necessidades humanas.

O 21º Circuito Nacional Palco Giratório se configura em uma edição especial, com destaque o Circo, prestando homenagem ao Palhaço Biribinha (AL), que neste ano comemora 60 anos de carreira e tem um histórico de engajamento e resistência para com as artes circenses no Brasil. Em todas as cidades que irão receber as atrações, será montada uma lona de circo, que irá permanecer durante 20 dias, funcionando como ponto de encontro para apresentações de grupos circenses locais, ações formativas, palestras e números – além das apresentações da própria Cia. Teatral Turma do Biribinha. O Palco Giratório tem como objetivo a difusão das Artes Cênicas, e também contribuir para a formação de plateias, a partir da circulação de espetáculos de gêneros variados. O projeto também abrange atividades formativas e que proporcionam o intercâmbio entre os próprios artistas de diversos estados, assim como, com o seu público. Confira mais informações em www.sesc.com.br/portal/site/palcogiratorio.
CIA CAIXA DO ELEFANTE
Espetáculo “Cuco: teatro para bebês”
Teatro infantil
Classificação: livre
60 minutos
Sinopse: As fronteiras do tempo, das formas e dos sentidos se intercambiam entre o real e o imaginável, entre o possível e o surreal. Essa é a atmosfera criada pelo espetáculo, como um jogo entre o esconder e o revelar, em meio a experiências lúdicas e estéticas dos bebês. A brincadeira ficcional de criar e dar sentidos assume formas diversas, como um ninho e uma cama acolchoada, num espaço que acolhe fantasias, surpresas e tudo o que é percebido e colecionado a cada momento pela sensibilidade das crianças pequenas.
Pensamento Giratório: Os bebês e as crianças bem pequenas (de 0 a 3 anos) passaram a ser finalmente reconhecidos e percebidos com mais atenção pela sociedade a partir do século XX. Desde então, essas crianças recém-chegadas ao mundo têm sido foco de inúmeras reflexões e pesquisas. E a produção cultural também se volta para questões ligadas a essa faixa etária, não só como tema, mas também como público-alvo. O que oferecer aos bebês e crianças bem pequenas? Seriam eles um público em formação?
Ficha Técnica:
Roteiro e direção: Mário de Ballentti
Pesquisa e concepção pedagógica: Paulo Fochi
Elenco: Ana Luiza Bergmann e Bruna Baliari Espinosa
Cenografia, figurinos e objetos cênicos: Margarida Rache
Composição de trilha sonora, arranjos, execução e programação de instrumentos: Marcelo Delacroix e Beto Chedid
Vocais: Simone Rasslan
Piano: Fernando Spillari
Violão e bandolim: Veco Marques
Violoncelo: Rodrigo Alquati
Gravado nos estúdios da Central de Trilhas
Gravações adicionais nos estúdios Marquise 51 e Tec Audio
Operação de luz e som: Marcos Nicolaiewsky
Criação de luz: Fabrício Simões
Criação gráfica: Clo Barcelos
Desenhos: Mário de Ballentti
Produção e prospecção: Ana Luiza Bergmann
Oficinas
Índigo
Detalhes: Atelier sensorial. Em um ambiente acolhedor, os bebês são convidados a explorar suas possibilidades corporais e sensoriais, desenvolvendo suas próprias descobertas, através do contato com materiais de texturas diversas. Índigo é uma instalação de formas e texturas em um universo todo azul.
Público-alvo: bebês de 6 meses a 3 anos, acompanhados de 1 adulto
Carga horária: 2 horas
Ministrante: Ana Luiza Bergmann
Número máximo de participantes: 15 bebês
Barulhar
Um encontro de bebês com outros bebês e com seus cuidadores através da exploração de um mundo sonoro muitas vezes despercebido por todos. Através do contato com diferentes objetos sonoros, músicas, silêncios, os bebês e crianças pequenas poderão desfrutar de um momento único, exercitando suas diversas capacidades de “barulhar”.
Público-alvo: bebês de 6 meses a 3 anos, acompanhados de 1 adulto
Carga horária: 2 horas
Ministrante: Bruna Baliari Espinosa
Número máximo de participantes: 15 bebês
COLETIVO ERRÁTICA
Espetáculo “Ramal 340: sobre a migração das sardinhas ou porque as pessoas simplesmente vão embora”
Teatro adulto
Classificação: 16 anos
80 minutos
Sinopse: Este espetáculo trama seis histórias envolvendo pessoas espalhadas no espaço e no tempo do mundo, pessoas ligadas pelo movimento, pelo desejo, pela falta ou simplesmente pela completa incompreensão da própria experiência. Um homem espera pelo pai na plataforma da estação de trem, outro arruma as malas enquanto sua mulher as desarruma, outra mulher não dorme por causa de um sonho e ainda outra segue para o outro lado do mundo atrás de alguém que lhe escreveu uma carta. Tudo acontece enquanto um homem caminha sem parar atrás da filha e outro foge atormentado por uma imagem de trinta anos atrás. São narrativas que não são causas ou consequências umas das outras; concorrem no tempo e no espaço e se atravessam na cena em movimento constante.
Pensamento Giratório: Propomos um percurso pelas principais questões que têm movido nossas investigações no Coletivo Errática. Um convite para pensar sobre o lugar do teatro nesse mundo em que vivemos, como ação política, presente, no mundo agora, pensamento que se desdobra na poética de artistas, coletivos, grupos, potencializando o teatro como espaço de deslocamento, de convívio e de criação.
Ficha Técnica:
Direção: Jezebel De Carli
Dramaturgia: Francisco Gick
Elenco: Diogo Rigo, Francisco Gick, Guega Peixoto, Gustavo Dienstmann, Mani Torres e Nina Picoli
Cenografia: Rodrigo Shalako
Figurino e adereços: Gustavo Dienstmann
Trilha sonora original: Josué Flach
Design de luz: Lucca Simas
Criação audiovisual: João Gabriel De Queiroz
Operação de luz: Bruna Immich
Operação de som e vídeo: Alex Limberger
Cenotécnica: Daniel Fetter
Identidade visual: Didi Jucá
Assessoria de imprensa: Liane Strapazzon
Redes sociais: Diogo Rigo
Material gráfico: Francisco Gick e Luan Silveira
Registro fotográfico: Adriana Marchiori e Mayara Breitembach
Registro audiovisual: Guilherme Carravetta De Carli
Direção de produção: Guega Peixoto
Produção executiva: Coletivo Errática
Realização: Coletivo Errática
Oficina
Composição errática: fluxos da criação no espaço urbano
Tomando as operações criativas experimentadas nos processos do Errática, a oficina propõe a investigação de possibilidades de composição a partir da presença e da ação dos participantes em relações possíveis entre corpo, arquitetura, trânsito e geografia no espaço urbano.
Público-alvo: artistas, professores e estudantes de teatro e outros campos da arte
Carga horária: 8 horas
Ministrantes: Jezebel De Carli, Diogo Rigo, Francisco Gick, Guega Peixoto, Gustavo Dienstmann, Mani Torres e Nina Picoli.
Número máximo de participantes: 20